"Os Portugueses ousaram cometer o grande Mar Oceano"
Pedro Nunes



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Até um dia, Amigo!

A morte é tão estúpida quanto certa e real.
Mas nunca a aceitaremos como tal, e ainda mais quando é inesperada, qual coice brutal da besta-destino.
E invariavelmente, leva-nos sempre à mesma pergunta: Porquê?
No teu caso, esta pergunta é ainda mais plausível e justificada.
Embora não muito bem tratado pela organização que sempre dedicadamente serviste durante grande parte da tua vida, foste um militar exemplar e intocável.
Mas, muito mais do que isso, foste um Homem íntegro e generoso e um pai extremoso e sempre atento em quem a Renata terá razões fundadas para um imenso e eterno orgulho.
Nesta tua efémera passagem pela vida pautaste-te sempre por uma integridade de princípios que fez com que te admirássemos pela tua honestidade intelectual, pela clarividência das tuas posições mesmo em situações de diferenças ideológicas (não de filosofia, mas de modos de actuação), sem que nunca te deixasses resvalar para posições primárias, apaixonadas, extremadas e inconsequentes, mas acima de tudo, e sempre, em qualquer circunstância, pela tua amizade sincera, sempre disponível e sempre presente.
Neste dia em que fisicamente nos deixaste, nesta hora de dor daqueles com que contigo tiveram o grande privilégio de privar e de te ter como Amigo, fica o sentimento de um enorme vazio e de uma profunda saudade.
Seja onde for que agora estejas, estou certo de que um dia nos encontraremos para, como em tantas outras ocasiões, pormos a conversa em dia.
Obrigado, Paulo, pela tua amizade, e até um dia!

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